segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Vontade

“A última função clara e definitiva do homem – músculos que querem trabalhar, cérebro que quer dominar o simples desejo – isto é o homem. Construir um muro, construir uma casa, um dique, e botar nesse muro, nessa casa, nesse dique algo do homem, e retirar para o homem algo desse muro, dessa casa, desse dique; obter músculos duros à força de movê-los, obter linhas e formas elegantes pela concepção. Porque o homem, mais que qualquer coisa orgânica ou inorgânica do universo, cresce à força de seu próprio trabalho, galga os degraus de suas próprias idéias, emerge à força de suas próprias habilitações. É isto o que se pode dizer a respeito do homem; quando teorias mudam e caem por terra, quando escolas filosóficas, quando caminhos estreitos e obscuros das concepções nacionais, religiosas, econômicas alargam-se e se desintegram, o homem se arrasta para diante, sempre para a frente, muitas vezes sob o efeito de dores, muitas vezes inutilmente. Tendo dado um passo à frente, pode voltar atrás, mas não mais que meio passo, nunca o passo todo que já deu. Isto se pode dizer do homem (...). E isto se pode saber – tenha-se medo da hora em que o homem não mais queira sofrer e morrer por um ideal, pois que esta é a qualidade-base da Humanidade, é a que o distingue entre tudo no universo.”
John Steinbeck. In: As vinhas da ira, p. 197-8.


“Desconheço fato mais encorajador que a inquestionável habilidade do homem para elevar a vida através do esforço consciente.
(...)
Modificar a natureza do dia, eis a arte superior às demais. Compete a todo homem a tarefa de fazer a própria vida, inclusive nos pormenores, digna de contemplação”. 
(Henry D. Thoreau. In: Walden, p.92.)

"A alegria é um ato e não um estado."
(Georges Snyders. In: Alunos felizes: reflexão sobre a alegria na escola, p.42)