terça-feira, 10 de setembro de 2019

Leitura

“Ler como hábito diário é uma forma de construir uma ética que no passado era exclusividade da pedagogia religiosa. (...)
Algumas obras em especial modificam o leitor, pois geram uma nova visão que ajuda a ordenar o mundo interior e assim diminuir a confusão e a incerteza. Edmund Wilson descreveu essa situação como choque de reconhecimento, pois através da leitura é possível entender melhor as perplexidades da vida. Nas frases mais significativas para cada um, ocorre um processo semelhante ao de uma interpretação psicanalítica, quando um processo inconsciente fica claro e a confusão é substituída pela clareza. Como se algumas peças do quebra-cabeça do mundo se encaixassem.
A literatura se infiltra na vida do leitor e altera a forma de cada um viver. Cada vez mais, é preciso o amparo da ficção e dos ensaios para enfrentar a loucura do mundo. A leitura cria imagens e sonhos no interior de cada um e nos permite assim viajar sentados.”
(Abrão Slavutzky – psicanalista – ZH – 01/11/07)

“A leitura é um processo de conhecimento e, por conseguinte, uma escalada ao interior de todos nós.”
(Fabiano José Maia Vidal)

“A literatura é a ética deste tempo em que todos se devoram para conseguir a migalha envolta em papel brilhante, exposta na vitrine do shopping.”
Tabajara Ruas. (In: Um Porto Alegre, crônica “Assim na terra”, p.51.)

“(...) uma exaltação do objeto livro, uma das pouquíssimas mágicas autênticas que nossa espécie criou”.
(John Steinbeck)

"Que salvemos os livros, para que nos salvem." (Sergio Faraco)

"Saber que um bom livro está esperando ao final de um longo dia já faz esse dia melhor."
(Kathleen Norias)

 “Um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência; muda sim pela sua cultura.”
 (Betinho)

“O livro faz parte da construção humana. Não vai sumir. Hoje, neste mundo louco em que vivemos, acabou se transformando num refúgio, onde a beleza e a arte transformam linha a linha a nossa vida e nos protegem da imbecilidade cada vez maior e mais aterradora.”
(Luiz Pilla Vares – Zero Hora – 30/11/2006 – Segundo Caderno – p.5)

“Livros são janelas. A sua imaginação, o horizonte.”
(de um marcador de livro patrocinado por TIM & Correio do Povo – Feira do Livro POA 2007)


“Eu acredito profundamente na capacidade da literatura de mudar o mundo. Acho isso possível porque considero a palavra o maior instrumento da história do homem. Não existe invenção alguma, nem a roda, que tenha a força da palavra.”
(Walter Galvani – ZH – 30/08/2003)

“Um país se faz com homens e livros.”
(Monteiro Lobato)

 “Ler é uma couraça contra todo o tipo de manipulação. Sem cultura não há liberdade nem salvação possível.”
(Fidel Castro)

“No livro, dorme quieta a palavra. Pelo olhar, ela desperta.”
Maria da Graça Landell de Moura (Poemas no ônibus – Porto Alegre – 2007/8)

“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.”
(Bill Gates)

“Se você quer uma experiência profunda com um livro, se quer internalizar isso, para misturar as ideias dos autores com as suas próprias e fazer disso uma experiência pessoal, você deve ler devagar.”
(John Miedema, autor de Slow Reading)

“Um livro não é, de modo algum, moral ou imoral. Os livros são bem ou mal escritos. Eis tudo.”
(Oscar Wilde)

“As metáforas são pontes que o amor constrói e que fazem ligação entre coisas e conceitos.”
(Rubem Alves)

“Lia, lia. Deitado num sofá, o livro servindo como barreira entre eu e o mundo. Isto: o livro é uma barreira; mas é também a porta. A porta para um mundo imaginário, onde eu vivia grande parte de meu tempo.”  
 (Moacyr Scliar. In: Minha mãe não dorme enquanto eu não chegar, p. 13.)

Penso que tendo aprendido as letras, devíamos ler o que há de melhor em literatura, e não ficarmos sempre a repetir o bê-a-bá e os vocábulos de uma sílaba, sempre nas classes elementares, estagnados nas formas mais baixas e primárias a vida inteira.”
(Henry D. Thoreau. In: Walden, p. 105)

"Schopenhauer tem um curto e delicioso texto sobre livros e leitura em que diz o seguinte: 'Quando lemos, outra pessoa pensa por nós: só repetimos o seu processo mental'. Segue-se que 'aquele que lê muito ou quase o dia inteiro (...) perde paulatinamente a capacidade de pensar por conta própria' - o que é o caso de muitos eruditos que 'leram até ficar estúpidos'.
[...] de tanto serem treinados para dar as respostas certas, acabam por perder a capacidade de fazer perguntas, a essência do pensamento inteligente."
(Rubem Alves, referindo-se ao vestibular em artigo de jornal de 26/08/2003)

"Livros não mudam o mundo,
quem muda o mundo são as pessoas.
Os livros só mudam as pessoas."
(Mário Quintana)

"De minha mãe adquiri o gosto pela leitura. Éramos pobres, não indigentes. Apesar disso, nunca me faltou dinheiro para livros. Minha mãe me levava à tradicional Livraria do Globo e eu podia escolher à vontade. Desde pequeno estava lendo. De tudo, como até hoje. Monteiro Lobato era meu autor preferido. Mas eu também lia o Thesouro da Juventude. Eu lia, lia, lia." 
(Moacyr Scliar. In: O Texto, ou: a Vida, 2007.)

"A mulher apontou para a filha.
- Essa criança esquisita quer ler todos os volumes antes de completar 21 anos. Ótimo, eu disse para ela, você vai ganhar (...) essa obra de referência, mas vai ficar sem presente de aniversário. E de Natal também.
(...)
O senhor acha isso normal? - perguntou a mãe, ansiosa. - Nessa idade?
- Acho sua filha uma menina corajosa, inteligente e correta.
- Contanto que não se torne inteligente demais para os homens.
- Para os burros ela vai se tornar, Madame. Mas quem os quer, no final de contas? Um homem estúpido é a ruína de uma mulher."

(Nina George. In: A livraria mágica de Paris, p. 23.)

Quando a avó, a mãe e a menina se despediram e foram embora, Perdu refletiu sobre a concepção equivocada de que livreiros cuidam de livros.
Eles cuidam de pessoas."
(Nina George. In: A livraria mágica de Paris, p. 27.)

"Em mãos que carregam livros não cabem armas." (Glória Ayres)

“Os jornais livres e independentes representam na atualidade a maior fonte de nutrição intelectual para a mente humana, mais do que os jurássicos currículos acadêmicos. Mas os jovens não têm fácil acesso a eles nem interesse em lê-los. Mentes de redatores, jornalistas, articulistas se organizam diariamente para constituir o cérebro de um jornal. Nada tão encantador! Para mim são tão ou mais importantes que os livros. Mas estão morrendo. O ritual de folhear um jornal, o prazer de se informar e penetrar nas informações que varrem as nações é um deleite. Todavia, as novas tecnologias, capitaneadas pela internet, estão asfixiando esse deleite. Como formaremos novos líderes se os jovens gastam horas diárias assistindo à TV ou navegando por sites de entretenimento, e não gastam sequer minutos por semana informando-se sobre os fatos políticos, sociais e econômicos que permeiam o mundo globalizado? Não formaremos líderes mas servos."
(Augusto Cury. In: O vendedor de sonhos, p. 122.)

 “A leitura não é uma panaceia, mas sim um dos poucos espaços de serenidade e liberdade que temos no meio do caos publicitário e pseudoinformativo.”

“(...) a experiência da leitura como um espaço de liberdade individual contra as pressões do que é imposto pelas grandes mídias”.
(Carlo Fabretti)